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Historia e Biografia Black Sabbath

Black Sabbath é uma banda de heavy metal formada no ano de 1968 em Birmingham, Reino Unido. Sua formação “histórica” é composta por Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Posteriormente, houve numerosas mudanças na banda, e Iommi era o único componente fixo. Embora às vezes, sejam classificados como uma banda de hard rock (Butler definiu o estilo uma vez como blues pesado e distorcido), Black Sabbath é considerado um dos primeiros grupos de heavy metal da história (ao lado do Led Zeppelin) e também contribuíram muito para o desenvolvimento deste gênero. De 1970 a 2000, foram vendidos mais de cem milhões de álbuns, tornando o Black Sabbath uma das mais bem sucedidas bandas de heavy metal, ao lado do Led Zeppelin, Deep Purple, Judas Priest, Iron Maiden, e Metallica.

O primeiro trabalho, Black Sabbath, gravado em 1970, foi um grande sucesso (oitavo lugar nas classificações inglesas) devido, em grande parte, à atmosfera histórica de composições como "Black Sabbath", "The Wizard" e "N.I.B.". O disco, para muitos, foi a inauguração de um rock mais original, tanto no sentido sonoro quanto no que se refere às letras. Deep Purple e Led Zeppelin, outras bandas influentes do heavy metal da época, tinham um som mais melódico e mais próximo a outros estilos como o blues e o rock n' roll. A música do Sabbath a princípio tinha características semelhantes, mas com o tempo a banda investiu em um som mais pesado e com temáticas mais obscuras, com referências explícitas a "demônios" e temas envolvendo ocultismo, que era uma novidade e uma polêmica nessa época.

O próximo álbum, Paranoid (1970), até hoje o maior sucesso comercial do grupo (primeiro nas colocações inglesas; sete discos de platina e um de ouro), é considerado de grande importância para as bases do heavy metal. O trabalho angariou para o Black Sabbath milhares de fãs em todo o mundo, graças a canções como "Paranoid", "Iron Man", "Electric Funeral" e "War Pigs". Com este trabalho, o grupo foi além da atmosfera sombria das músicas com temas mais maduros. "War Pigs", por exemplo, é uma crítica a políticos considerados responsáveis pelos horrores da guerra e "Iron Man" tem um texto puramente ficção científica.

Em 1971, o grupo publicou o terceiro álbum, Master of Reality, de sucesso notável. Provavelmente foi o álbum mais obscuro e introspectivo da banda. Este trabalho, junto com o Black Sabbath e Paranoid, é considerado o álbum que inspirou o doom metal. Nota-se que o disco possui uma inovação particularmente interessante: Iommi, na verdade, toca com a guitarra em dó sustenido (um tom e meio abaixo da afinação tradicional), assim como Butler no baixo. Essa mudança, segundo declaração do guitarrista, foi feita por dois motivos: para se adaptar ao estilo vocal de Ozzy e para dar um som mais pesado para a sua música (mais tarde, a partir do álbum Heaven and Hell, a guitarra e o baixo são afinadas em ré sustenido). Devido a isso, o Black Sabbath talvez tenha inaugurado a chamada "limitação": uma prática que se tornaria quase uma norma para muitos grupos de rock e metal.

O álbum seguinte, Black Sabbath Vol. 4 de 1972, revelou a primeira de várias alterações no som da formação, devido a uma clara influência do rock progressivo. Um dos pontos fortes do álbum é a balada "Changes", onde Osbourne canta acompanhado por piano e cordas. Canções como "Tomorrow's Dream", "Snowblind" e "Supernaut" ainda mostram seu lado musical mais profundo.

Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta com a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro externo. Entre as canções mais claramente progressivas pode-se citar "Killing Yourself to Live", "Spiral Architect", "A National Acrobat", e o "clássico", "Sabbath Bloody Sabbath". O disco foi outro grande sucesso e considerado um ponto importante na carreira artística.

Uma mudança de gravadora (de Vertigo para a Warner) tinha atrasado o lançamento do seu novo álbum, Sabotage, publicado somente em 1975. Do ponto de vista musical, o álbum é um dos mais variados do grupo, alternando as canções de heavy metal de "Hole in the Sky" e "Symptom of the Universe", para o canto gregoriano de "Supertzar", e sons de pop rock de "Am I Going Insane (Radio)".

O próximo álbum, Technical Ecstasy de 1976, foi um álbum de acesos debates com os seus adeptos, devido a um som mais flexível e pela presença de maestro e sintetizadores, embora alguns considerem positivamente o disco como muito ambicioso e inovador, que ajudou a desiludir os fãs do estilo inicial do grupo.

Em 1977, após a turnê de Technical Ecstasy, Osbourne deixou o grupo, conseqüência de tristes vicissitudes pessoais, devido a morte do seu pai, além dos problemas derivados da sua dependência de álcool e drogas já impagável. Em um momentâneo regresso de Osbourne, lançam em 1978 o álbum Never Say Die!.

Este trabalho segue as pegadas do álbum anterior, com sons eletrônicos e experimentais (Don Airey nos teclados). Em qualquer caso, a resposta foi negativa do público, e garantiu ao álbum o título de um dos piores da formação, sendo a faixa-título, a única a desfrutar de uma boa popularidade entre os seus fãs.Em 1979, devido à irreversível conflito com os outros membros da banda, Osbourne é despedido pela sua tendência para o abuso de drogas e álcool.

O Black Sabbath com Ronnie James Dio.

A despedida de Ozzy Osbourne, no entanto, preocupou a banda, pois ele contribuiu muito para o desempenho das canções e acima de tudo foi um grande animador do público durante os concertos ao vivo, e depois, encontrar um substituto digno foi difícil. Após a sua saída, ele é substituído por Ronnie James Dio, ex-vocalista das bandas Elf e Rainbow.

O primeiro álbum com Dio, Heaven and Hell, foi um grande sucesso, permitindo que o grupo voltasse às paradas, e nas vendas foi o melhor resultado da banda desde 1975, com as canções "Neon Knights", "Heaven and Hell", "Die Young" e outros que se tornaram peças significativas de sua discografia. O álbum também foi marcado pela entrada de Geoff Nicholls nos teclados. Embora nem sempre seja reconhecido como um membro oficial do grupo e forçado a desempenhar no "backstage" dos concertos por "razões estéticas" (caso não isolado na paisagem do metal), Nicholls teve, desde então, indiscutível influência sobre o grupo, e mesmo a nível compositivo.

A turnê do disco revelou, muito mais tarde, além do carisma do novo cantor, a sua excelente voz e talento. Também durante a tour, Bill Ward teve que sair por razões pessoais (seus pais morreram, um após o outro aliado a grandes problemas com álcool), e foi concluída por Vinny Appice (irmão de Carmine Appice, famoso baterista de Vanilla Fudge, Rod Stewart e King Kobra).

Tony Iommi e os membros, com a ajuda de Appice, gravaram o álbum posterior, Mob Rules em 1981, um sucesso que também confirmou o novo estilo adquirido do Sabbath, graças à técnica de Dio. A faixa-título do álbum foi escolhida para a trilha sonora do filme Heavy Metal.

A saída e a rápida propagação do bootleg ao vivo, Live at Last (gravada pelo grupo com Ozzy, em uma turnê de 1973), convenceu o grupo a responder com um álbum ao vivo "oficial", Live Evil (1982). À partir desta época, Iommi e Dio entraram em debates acalorados no que se refere a mistura de sons. Houve uma série de controvérsias que convenceram Dio a deixar a banda, levando com ele o baterista Vinnie Appice.

Depois de Dio.

A saída de Vinny Appice e de Ronnie James Dio, trouxe instabilidade à banda. Para o papel do baterista, Cozy Powell foi contratado, mas a resposta foi negativa. Esta lacuna foi preenchida pelo oportuno regresso de Bill Ward, porém encontrar um novo vocalista foi mais difícil do que o esperado. A investigação realizada por Iommi e Butler é orientada para Ian Gillan (ex-Deep Purple), que naquele momento estava livre de qualquer compromisso, devido a problemas com a sua voz.

Com Gillan como vocalista, foi possível a realização de Born Again (1983), álbum muito mais maciço do que os produzidos com Ozzy e Dio, que, embora queimado pelos críticos, recebendo nota 1,5 em cinco no AMG, registrou um sucesso significativo de vendas e colocado em quarto lugar nas classificações inglesas. Em 1984 Gillan resolve voltar ao Deep Purple e assim termina sua parceria com o Black Sabbath.

Com a entrada de Glenn Huges no vocal, é lançado em 1986 Seventh Star. 

Inicialmente um álbum solo de Iommi, porém, mais tarde, publicado por razões contratuais com a empresa discográfica, sob o nome de "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Este álbum, ainda mais, marcou a volta dos teclados, que passaram a ser um instrumento fundamental para o seu novo estilo. No entanto, comparado com Born Again, o álbum teve pouco sucesso.

Na fase inicial da turnê em 1986, Hughes deixa a banda, devido a graves problemas com a voz. Ele é substituído por Tony Martin, que foi o vocalista no álbum The Eternal Idol de 1987. Mesmo este álbum sendo considerado de bom nível, não teve o sucesso esperado.

Com a entrada de Laurence Cottle no baixo, o Sabbath publicou Headless Cross (1989), álbum que recebeu um bom sucesso, maior do que Seventh Star e The Eternal Idol. Em 1990 (mais uma vez com um novo baixista: Neil Murray do Whitesnake, que já tocou na turnê de Headless Cross), o grupo consolidou esse "renascimento" com outro álbum, Tyr, que vendeu muito bem e que se seguiu em turnê no mesmo ano.

Reuniões (1992-2005)

Com os resultados alcançados com os álbuns Headless Cross e Tyr, em 1992, Tony Iommi convoca a formação do início dos anos 1980 (do álbum Mob Rules), com Geezer Butler, Ronnie James Dio e Vinny Appice. O álbum que surgiu, Dehumanizer (1992), foi um trabalho de som áspero e levou muito mais do que uma boa opinião pública e crítica. A banda preparou uma turnê muito bem sucedida, inclusive com passagem pelo Brasil.

Após nova saída de Dio e Appice, a banda chama Tony Martin e Geoff Nicholls e, com o novo baterista, Bobby Rondinelli lançam Cross Purposes em 1994, que vem com o clássico Cross Of Thorns, acompanhado de Cross Purposes Live, uma caixa de CDs e vídeos, publicado em 1994, e atualmente fora de impressão.

Para o ano de 1995, regressa a formação do álbum Tyr, com Cozy Powell e Neil Murray, e lançam o álbum Forbidden, que não foi bem recebido, nem pelo público nem pela crítica.

Em 1997, Ozzy deu vida a seu festival Ozzfest. Na última parte do show, Butler e Iommi (e posteriormente, também Ward) apareceram no palco para tocar algumas canções clássicas do Sabbath. Com a formação original, foi gravado em 1998, o álbum duplo ao vivo, Reunion, composto exclusivamente de canções da era Osbourne em versões ao vivo, mas que também incluiu mais duas novas canções de estúdio. Em 2000, a banda é premiada pelo Grammy na categoria "Melhor Desempenho de Metal", graças à canção "Iron Man".

Quando parecia que já tinham chegado ao seu final, e se retirado do cenário musical, em outubro de 2006, é anunciada uma turnê com a formação do álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward. Em novembro de 2006, Ward abandonou o projeto, sendo substituído por Vinny Appice. Em 3 de abril de 2007, o grupo publica The Dio Years, compilação de canções compostas com Dio, e também contendo faixas inéditas. Eles tocam no Gods of Metal em junho de 2007.

Embora pensassem que o projeto Heaven and Hell seria concluído, o grupo permanece unido e lança o álbum The Devil You Know, o primeiro desde o álbum de 1995, Forbidden, e sai em turnê, passando pelo Brasil.
No dia 16 de maio de 2010, Ronnie James Dio perde uma batalha contra o câncer de estômago e morre aos 67 anos. A morte de Dio é confirmada por sua esposa, Wendy Dio, que publicou um comunicado na página oficial do músico. Em homenagem a Dio, é organizado um show tributo contando com os vocalistas Glenn Hughes e Jorn Lande (Masterplan).

Em 24 de janeiro de 2011, Osbourne declara que ele e seus ex-companheiros estão em processo de discussão acerca de uma possível reunião e de gravação de um álbum de estúdio. Muitos fãs manifestaram descontentamento dizendo que um álbum de estúdio após 30 anos apagaria toda a história da banda entre 1980 e 2010.

Nova polêmica surgiu após o anúncio de que o Black Sabbath iria se reunir sem o baterista da formação original, "Bill Ward". Não houve manifesto da banda sobre quem seria o baterista a substituir Bill Ward nas gravações e na turnê mundial.  Fonte: Wikipédia.

Integrantes.
Atuais.
Ozzy Osbourne (Vocal, 1969-1979, 1997-2006, 2011-At)
Tony Iommi (Guitarra, 1969-2006, 2011-At)
Geezer Butler (Baixo, 1969–1984, 1990–1994, 1997-2006, 2011-At)
Brad Wilk (Bateria, 2013-At)