O primeiro trabalho, Black Sabbath, gravado em 1970, foi um
grande sucesso (oitavo lugar nas classificações inglesas) devido, em grande
parte, à atmosfera histórica de composições como "Black Sabbath", "The Wizard" e
"N.I.B.". O disco, para muitos, foi a inauguração de um rock mais original,
tanto no sentido sonoro quanto no que se refere às letras. Deep Purple e Led
Zeppelin, outras bandas influentes do heavy metal da época, tinham um som mais
melódico e mais próximo a outros estilos como o blues e o rock n' roll. A música
do Sabbath a princípio tinha características semelhantes, mas com o tempo a
banda investiu em um som mais pesado e com temáticas mais obscuras, com
referências explícitas a "demônios" e temas envolvendo ocultismo, que era uma
novidade e uma polêmica nessa época.
O próximo álbum, Paranoid (1970), até hoje o maior sucesso
comercial do grupo (primeiro nas colocações inglesas; sete discos de platina e
um de ouro), é considerado de grande importância para as bases do heavy metal. O
trabalho angariou para o Black Sabbath milhares de fãs em todo o mundo, graças a
canções como "Paranoid", "Iron Man", "Electric Funeral" e "War Pigs". Com este
trabalho, o grupo foi além da atmosfera sombria das músicas com temas mais
maduros. "War Pigs", por exemplo, é uma crítica a políticos considerados
responsáveis pelos horrores da guerra e "Iron Man" tem um texto puramente ficção
científica.
Em 1971, o grupo publicou o terceiro álbum, Master of Reality,
de sucesso notável. Provavelmente foi o álbum mais obscuro e introspectivo da
banda. Este trabalho, junto com o Black Sabbath e Paranoid, é considerado o
álbum que inspirou o doom metal. Nota-se que o disco possui uma inovação
particularmente interessante: Iommi, na verdade, toca com a guitarra em dó
sustenido (um tom e meio abaixo da afinação tradicional), assim como Butler no
baixo. Essa mudança, segundo declaração do guitarrista, foi feita por dois
motivos: para se adaptar ao estilo vocal de Ozzy e para dar um som mais pesado
para a sua música (mais tarde, a partir do álbum Heaven and Hell, a guitarra e o
baixo são afinadas em ré sustenido). Devido a isso, o Black Sabbath talvez tenha
inaugurado a chamada "limitação": uma prática que se tornaria quase uma norma
para muitos grupos de rock e metal.
O álbum seguinte, Black Sabbath Vol. 4 de 1972, revelou a
primeira de várias alterações no som da formação, devido a uma clara influência
do rock progressivo. Um dos pontos fortes do álbum é a balada "Changes", onde
Osbourne canta acompanhado por piano e cordas. Canções como "Tomorrow's Dream",
"Snowblind" e "Supernaut" ainda mostram seu lado musical mais profundo.
Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a
atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta
com a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro
externo. Entre as canções mais claramente progressivas pode-se citar "Killing
Yourself to Live", "Spiral Architect", "A National Acrobat", e o "clássico",
"Sabbath Bloody Sabbath". O disco foi outro grande sucesso e considerado um
ponto importante na carreira artística.
Uma mudança de gravadora (de Vertigo para a Warner) tinha
atrasado o lançamento do seu novo álbum, Sabotage, publicado somente em 1975. Do
ponto de vista musical, o álbum é um dos mais variados do grupo, alternando as
canções de heavy metal de "Hole in the Sky" e "Symptom of the Universe", para o
canto gregoriano de "Supertzar", e sons de pop rock de "Am I Going Insane
(Radio)".
O próximo álbum, Technical Ecstasy de 1976, foi um álbum de
acesos debates com os seus adeptos, devido a um som mais flexível e pela
presença de maestro e sintetizadores, embora alguns considerem positivamente o
disco como muito ambicioso e inovador, que ajudou a desiludir os fãs do estilo
inicial do grupo.
Em 1977, após a turnê de Technical Ecstasy, Osbourne deixou o
grupo, conseqüência de tristes vicissitudes pessoais, devido a morte do seu pai,
além dos problemas derivados da sua dependência de álcool e drogas já impagável.
Em um momentâneo regresso de Osbourne, lançam em 1978 o álbum Never Say
Die!.
Este trabalho segue as pegadas do álbum anterior, com sons
eletrônicos e experimentais (Don Airey nos teclados). Em qualquer caso, a
resposta foi negativa do público, e garantiu ao álbum o título de um dos piores
da formação, sendo a faixa-título, a única a desfrutar de uma boa popularidade
entre os seus fãs.Em 1979, devido à irreversível conflito com os outros membros
da banda, Osbourne é despedido pela sua tendência para o abuso de drogas e
álcool.
O Black Sabbath com Ronnie James Dio.
A despedida de Ozzy Osbourne, no entanto, preocupou a banda,
pois ele contribuiu muito para o desempenho das canções e acima de tudo foi um
grande animador do público durante os concertos ao vivo, e depois, encontrar um
substituto digno foi difícil. Após a sua saída, ele é substituído por Ronnie
James Dio, ex-vocalista das bandas Elf e Rainbow.
O primeiro álbum com Dio, Heaven and Hell, foi um grande
sucesso, permitindo que o grupo voltasse às paradas, e nas vendas foi o melhor
resultado da banda desde 1975, com as canções "Neon Knights", "Heaven and Hell",
"Die Young" e outros que se tornaram peças significativas de sua discografia. O
álbum também foi marcado pela entrada de Geoff Nicholls nos teclados. Embora nem
sempre seja reconhecido como um membro oficial do grupo e forçado a desempenhar
no "backstage" dos concertos por "razões estéticas" (caso não isolado na
paisagem do metal), Nicholls teve, desde então, indiscutível influência sobre o
grupo, e mesmo a nível compositivo.
A turnê do disco revelou, muito mais tarde, além do carisma do
novo cantor, a sua excelente voz e talento. Também durante a tour, Bill Ward
teve que sair por razões pessoais (seus pais morreram, um após o outro aliado a
grandes problemas com álcool), e foi concluída por Vinny Appice (irmão de
Carmine Appice, famoso baterista de Vanilla Fudge, Rod Stewart e King
Kobra).
Tony Iommi e os membros, com a ajuda de Appice, gravaram o álbum
posterior, Mob Rules em 1981, um sucesso que também confirmou o novo estilo
adquirido do Sabbath, graças à técnica de Dio. A faixa-título do álbum foi
escolhida para a trilha sonora do filme Heavy Metal.
A saída e a rápida propagação do bootleg ao vivo, Live at Last
(gravada pelo grupo com Ozzy, em uma turnê de 1973), convenceu o grupo a
responder com um álbum ao vivo "oficial", Live Evil (1982). À partir desta
época, Iommi e Dio entraram em debates acalorados no que se refere a mistura de
sons. Houve uma série de controvérsias que convenceram Dio a deixar a banda,
levando com ele o baterista Vinnie Appice.
Depois de Dio.
A saída de Vinny Appice e de Ronnie James Dio, trouxe
instabilidade à banda. Para o papel do baterista, Cozy Powell foi contratado,
mas a resposta foi negativa. Esta lacuna foi preenchida pelo oportuno regresso
de Bill Ward, porém encontrar um novo vocalista foi mais difícil do que o
esperado. A investigação realizada por Iommi e Butler é orientada para Ian
Gillan (ex-Deep Purple), que naquele momento estava livre de qualquer
compromisso, devido a problemas com a sua voz.
Com Gillan como vocalista, foi possível a realização de Born
Again (1983), álbum muito mais maciço do que os produzidos com Ozzy e Dio, que,
embora queimado pelos críticos, recebendo nota 1,5 em cinco no AMG, registrou um
sucesso significativo de vendas e colocado em quarto lugar nas classificações
inglesas. Em 1984 Gillan resolve voltar ao Deep Purple e assim termina sua
parceria com o Black Sabbath.
Com a entrada de Glenn Huges no vocal, é lançado em 1986 Seventh
Star.
Inicialmente um álbum solo de Iommi, porém, mais tarde, publicado por
razões contratuais com a empresa discográfica, sob o nome de "Black Sabbath
featuring Tony Iommi". Este álbum, ainda mais, marcou a volta dos teclados, que
passaram a ser um instrumento fundamental para o seu novo estilo. No entanto,
comparado com Born Again, o álbum teve pouco sucesso.
Na fase inicial da turnê em 1986, Hughes deixa a banda, devido a
graves problemas com a voz. Ele é substituído por Tony Martin, que foi o
vocalista no álbum The Eternal Idol de 1987. Mesmo este álbum sendo considerado
de bom nível, não teve o sucesso esperado.
Com a entrada de Laurence Cottle no baixo, o Sabbath publicou
Headless Cross (1989), álbum que recebeu um bom sucesso, maior do que Seventh
Star e The Eternal Idol. Em 1990 (mais uma vez com um novo baixista: Neil Murray
do Whitesnake, que já tocou na turnê de Headless Cross), o grupo consolidou esse
"renascimento" com outro álbum, Tyr, que vendeu muito bem e que se seguiu em
turnê no mesmo ano.
Reuniões (1992-2005)
Com os resultados alcançados com os álbuns Headless Cross e Tyr,
em 1992, Tony Iommi convoca a formação do início dos anos 1980 (do álbum Mob
Rules), com Geezer Butler, Ronnie James Dio e Vinny Appice. O álbum que surgiu,
Dehumanizer (1992), foi um trabalho de som áspero e levou muito mais do que uma
boa opinião pública e crítica. A banda preparou uma turnê muito bem sucedida,
inclusive com passagem pelo Brasil.
Após nova saída de Dio e Appice, a banda chama Tony Martin e
Geoff Nicholls e, com o novo baterista, Bobby Rondinelli lançam Cross Purposes
em 1994, que vem com o clássico Cross Of Thorns, acompanhado de Cross Purposes
Live, uma caixa de CDs e vídeos, publicado em 1994, e atualmente fora de
impressão.
Para o ano de 1995, regressa a formação do álbum Tyr, com Cozy
Powell e Neil Murray, e lançam o álbum Forbidden, que não foi bem recebido, nem
pelo público nem pela crítica.
Em 1997, Ozzy deu vida a seu festival Ozzfest. Na última parte
do show, Butler e Iommi (e posteriormente, também Ward) apareceram no palco para
tocar algumas canções clássicas do Sabbath. Com a formação original, foi gravado
em 1998, o álbum duplo ao vivo, Reunion, composto exclusivamente de canções da
era Osbourne em versões ao vivo, mas que também incluiu mais duas novas canções
de estúdio. Em 2000, a banda é premiada pelo Grammy na categoria "Melhor
Desempenho de Metal", graças à canção "Iron Man".
Quando parecia que já tinham chegado ao seu final, e se retirado
do cenário musical, em outubro de 2006, é anunciada uma turnê com a formação do
álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward. Em novembro de 2006, Ward
abandonou o projeto, sendo substituído por Vinny Appice. Em 3 de abril de 2007,
o grupo publica The Dio Years, compilação de canções compostas com Dio, e também
contendo faixas inéditas. Eles tocam no Gods of Metal em junho de 2007.
Embora pensassem que o projeto Heaven and Hell seria concluído,
o grupo permanece unido e lança o álbum The Devil You Know, o primeiro desde o
álbum de 1995, Forbidden, e sai em turnê, passando pelo Brasil.
No dia 16 de maio de 2010, Ronnie James Dio perde uma batalha
contra o câncer de estômago e morre aos 67 anos. A morte de Dio é confirmada por
sua esposa, Wendy Dio, que publicou um comunicado na página oficial do músico.
Em homenagem a Dio, é organizado um show tributo contando com os vocalistas
Glenn Hughes e Jorn Lande (Masterplan).
Em 24 de janeiro de 2011, Osbourne declara que ele e seus
ex-companheiros estão em processo de discussão acerca de uma possível reunião e
de gravação de um álbum de estúdio. Muitos fãs manifestaram descontentamento
dizendo que um álbum de estúdio após 30 anos apagaria toda a história da banda
entre 1980 e 2010.
Nova polêmica surgiu após o anúncio de que o Black Sabbath iria
se reunir sem o baterista da formação original, "Bill Ward". Não houve manifesto
da banda sobre quem seria o baterista a substituir Bill Ward nas gravações e na
turnê mundial. Fonte: Wikipédia.
Integrantes.
Atuais.
Ozzy Osbourne (Vocal, 1969-1979, 1997-2006, 2011-At)
Tony Iommi (Guitarra, 1969-2006, 2011-At)
Geezer Butler (Baixo, 1969–1984, 1990–1994, 1997-2006, 2011-At)
Brad Wilk (Bateria, 2013-At)