Por Mário Liz |
Por que ouvir o novo álbum do Black Sabbath? A resposta é mais que óbvia, principalmente porque grande parte (ou a completude de todas as partes) das bandas de rock pesado que se ouve por aí, derivam-se deles. Eles são os pioneiros do metal, e, corajosamente, mostraram a bunda ao “paz e amor” em uma época em que o mundo estava dominado pelo poder das flores. Isto bastaria, no mínimo, para qualquer um se doar ao “13” com respeito, mesmo se o Sabbath não for lá da predileção de alguns ouvintes.
O texto representa a opinião do autor e não a opinião do Whiplash.Net ou de seus editores.
O ponto forte do álbum é exatamente quando o velho Sabbath bebe de seu elixir macabro setentista sem a preocupação de parecer “consigo mesmo”. A faixa “Zeitgeist” tem o incrível clima de “paz e horror” que a banda conseguiu atingir no passado com “Solitude” e “Planet Caravan”, mas que desta vez, incorporou elementos acústicos que consolidaram em uma ótima canção “western” sombria. “Damaged Soul”, outra pérola do 13, seria tranquilamente uma faixa do primeiro álbum do Black Sabbath, se ele fosse concebido em 2013. Ela possui o feeling “bluseiro” da banda que se perdeu de forma natural nas décadas de 80 e 90. “Dear Father” fecha o pacote sabbático com a certeza de que os velhotes ainda tem muita lenha pra queimar.
Individualmente, os grandes destaques do álbum foram Tony e Geezer, o primeiro por adotar uma excelente linha minimalista em seus solos e riffs e também por se mostrar extremamente vibrante em todas as músicas, e, o segundo, por ser o responsável pela agressividade e pelo pulso alucinante do álbum.
E para quem esperava dos reis do metal apenas uma dose de xarope antirreumático, esqueça de toda farmácia, pois os vovôs estão aí... mais vivos do que nunca!
Fonte: Resenha - 13 - Black Sabbath http://whiplash.net/materias/cds/181121-blacksabbath.html#ixzz2VJGol6Ya